O bom velhinho
Quem mais deseja nesse mundo é o coração de criança. Naquele sábado de dezembro, quem chegasse por último ao shopping para ver o Papai Noel ia pagar castigo. Pela porta de vidro passaram desembestadas três crianças, uma menorzinha e outras duas correndo. Para quem não sabe, criança corre porque sente que a vida acontece só do lado de fora e não quer perder nenhum pedacinho dessa história de viver. Pra que ficar parado ou ir andando se o que a gente quer mesmo é chegar? Corre!
Naquela hora o movimento era fraco. Quase ninguém com sacolas de presentes, a maioria só olhando as vitrines. Final da tarde, hora da preguiça.
- Olha lá, no andar de cima! - uma delas gritou.
Ao lado da escada rolante do segundo andar, Papai Noel, em pé, descansava do seu trono. Quem disse que trabalhar sentado distribuindo balas e pirulitos é coisa fácil...
O barulho da correria cessou subitamente.
Três crianças imóveis em frente ao homem de vermelho, saco de doces nas mãos. Os olhinhos brilhando, mas ele não se mexeu. Nenhuma palavra, nenhum gesto, não viu. Segundos de embaraço, um só pensamento: “Papai Noel, a bala, o pirulito, sou criança!” Nada.
- Vamos ver os brinquedos?
- Vamos!!! Vamos correr!
Papai Noel sorriu para a garotinha no colo do pai, acenou. Depois olhou adiante, três crianças descalças e sujas divertiam-se sentadas nas máquinas de corrida, mãos fingindo sobre o volante, corações imaginando viagens inesquecíveis.
Naquela hora o movimento era fraco. Quase ninguém com sacolas de presentes, a maioria só olhando as vitrines. Final da tarde, hora da preguiça.
- Olha lá, no andar de cima! - uma delas gritou.
Ao lado da escada rolante do segundo andar, Papai Noel, em pé, descansava do seu trono. Quem disse que trabalhar sentado distribuindo balas e pirulitos é coisa fácil...
O barulho da correria cessou subitamente.
Três crianças imóveis em frente ao homem de vermelho, saco de doces nas mãos. Os olhinhos brilhando, mas ele não se mexeu. Nenhuma palavra, nenhum gesto, não viu. Segundos de embaraço, um só pensamento: “Papai Noel, a bala, o pirulito, sou criança!” Nada.
- Vamos ver os brinquedos?
- Vamos!!! Vamos correr!
Papai Noel sorriu para a garotinha no colo do pai, acenou. Depois olhou adiante, três crianças descalças e sujas divertiam-se sentadas nas máquinas de corrida, mãos fingindo sobre o volante, corações imaginando viagens inesquecíveis.
Arapongas - PR - por correio eletrônico
Mundo Jovem, Mural do Leitor:
http://www.pucrs.br/mj/cronica-o-bom-velinho.php
Ela conta que escreveu este texto no ano passado porque presenciou a cena na época do Natal em um Shopping Center, "lugar em que criança pobre não é criança..."
MUITO LINDO, hein!?
PARABÉNS amiga virtual
3 comentários:
oi,linda!!! Nidiane, tb sinto saudades... logo iremos começar a organizar nosso projeto, hein?
ok Meire!!
loguinho começamos..
há de dar tuuuuuuuudo certo!!
bjão, miga!!
Caraca!! muito lindo o texto....
Parabéns Nidy por valorizar trabalhos que REALMENTE são merecidos.
Desejo muito sucesso a vc!!
Bjão Nidy!!
Saudades de ti!
Postar um comentário